Registada por diretores, maestros, executantes, associados e simpatizantes, a atividade das bandas tem sido salvaguardada, em espécies diversas, pelos corpos diretivos, em fundos (ou sub-fundos) específicos. Tais registos, realizados em suportes fotográficos, fonográficos, videográficos e multimédia, espelham e corroboram o mérito artístico daquelas coletividades. Apesar da sua escassez nos primórdios da fundação daquelas coletividades, através deles se pode comprovar e relembrar os marcos históricos que evidenciam os cento e setenta anos de movimento filarmónico regional e nacional.
Iniciados em Portugal nos primeiros anos do século XX, com o registo da Banda dos Marinheiros da Armada pela editora londrina The Gramophone and Typewriter Ltd., em 1903, os registos áudios da prática artística das bandas regimentares e filarmónicas nacionais são documentos que nos permitem aferir o gosto musical em particulares áreas geográficas e épocas do nosso século, destacando o repertório mais apreciado e a competência dos músicos profissionais e amadores de música portugueses. Os remanescentes registos áudios das bandas filarmónicas, sobretudo gravados em décadas recentes, são de uma enorme riqueza documental, pois foram e são ainda iniciativas que corroboram o profundo empenho de diretores artísticos, executantes, associados e de uma vasta comunidade que, pelo seu entusiasmo, merece também o título de “filarmónico”, de amador, de devoto da arte musical. Oiça alguns dos temas gravados pela Banda Filarmónica da Casa do Povo de São Vicente.
Marcha 15º Aniversário – Banda Filarmónica da Casa do Povo de São Vicente