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A 05 de julho de 1925, na Escola Masculina do Cerrado, vários membros da comunidade residente reuniram com o propósito de se constituir em Santana uma banda, visando a prática musical dos habitantes e, especialmente, dos seus filhos. Ainda que o necessário pagamento de 400 escudos, houvesse acarretado, mau grado, algumas desistências, vários habitantes, custearam aquela subscrição – servindo-se alguns dos míseros e humildes meios à sua disposição.1 A Banda Municipal de Santana (inicialmente designada Fanfarra Recreio Santanense) foi enfim fundada a 04 de abril de 1926 por Crisóstomo Teixeira do Livramento (†1964)1, João Pinto Correia, João de Freitas Rocha, Vasco da Gama, Ernesto Maria Spínola, António Gomes Júnior, João Marques de Jesus, Jacinto de Pereira, Manuel Marques (O Baleia), João Marques da Silva (O Morgado) Alexandre Teixeira, João Gomes Granito, João Mendonça, Freitinhas e Alexandre Maria Spínola. Tendo adquirido os instrumentos musicais, em segunda mão, à Filarmónica Artístico Funchalense – Banda Municipal do Funchal, a filarmónica santanense iniciou a sua atividade com cerca de 20 instrumentistas, executantes de instrumentos de bocal, saxofone e bateria, adotando, muito presumivelmente, a constituição instrumental das “bandas de Sax”2. A seminal atividade da Banda Municipal de Santana foi sobretudo auspiciosa e dotada de notável qualidade artística, tendo-lhe sido atribuído o 1º lugar no Festival de Bandas da Madeira, realizado a 22 de novembro de 1931 no Funchal. Natural dos Açores, Crisóstomo Teixeira do Livramento foi o primeiro diretor e regente da instituição, autor do Hino da Banda e da sua primeira marcha. A direção artística da Banda Municipal de Santana foi confiada ainda a Manuel Nascimento de Sousa, Manuel Augusto Figueiredo, Américo Câmara Leme (†1960?),2 entre outros. Tomaram a direção administrativa a seu encargo Padre Joaquim Fernandes, João Gabriel Teixeira Mendonça, Dr. João Auto Mendes, Dr. José Ferreira Prada, José Irineu Vieira Fernandes, José Manuel Balseiro de Sousa. Em mandato de José Carlos Rodrigues de Abreu, Presidente da Direção da instituição desde 1988, a instituição foi dotada de sede própria, inaugurada a 11 de Setembro de 2000 pelo então Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim, tendo-lhe sido atribuído ainda o título de Instituição de Utilidade Pública a 04 de novembro daquele ano. Por ocasião das comemorações dos 75 anos de atividade, em setembro de 2001, a Banda Municipal de Santana viu ainda reconhecida o seu labor artístico de superior interesse social (segundo o Estatuto do Mecenato). Em julho daquele ano, havia já realizado um intercâmbio com a Sociedade Filarmónica Aurora Pedroguense, tendo-se apresentado no VII Encontro de Bandas de Pedrógão Pequeno. A propósito da efeméride dos 50 anos do Tratado de Roma, a 25 de março de 2007, a Banda Municipal de Santana executou o Hino Europeu (o conhecido excerto da 9ª Sinfonia de Beethoven, também designado Hino da Alegria). Em representação da Região Autónoma da Madeira, a Banda exibiu-se em Londres a 02 de maio de 2010 (Dia da Madeira). A filarmónica santanense gravou em 2007 para a coleção discográfica “As Melhores Bandas Filarmónicas da Região”, tendo em agosto de 2012 editado o CD “Saudação a Santana”. Sob a direção artística de Manuel Duarte da Silva Ferreira, a Banda Municipal de Santana reafirmou e consolidou a sua atividade pedagógica e artística, constituindo uma escola de música que serve o aproveitamento dos tempos livres da comunidade santanense. Notável pelo considerável número de jovens, a Banda é correntemente constituída por 40 executantes, dedicando-se à animação de festividades religiosas e cívicas e à realização de vários concertos pela Região.
Rui Magno Pinto
Fonte 1: Franco, João F.D., 2011. Bandas Filarmónicas Portuguesas; Ancorensis.
Fonte 2: SARDINHA, Vítor e CAMACHO, Rui (2001); Rostos e Traços das Bandas Filarmónicas Madeirenses, Funchal: Direção Regional dos Assuntos Culturais e Associação Musical e Cultural Xarabanda.
Fonte 3: http://www.bmsantana.pt/historia.php Consultado a 09 de novembro de 2017.
Fonte 4: Registo de Casamento de Crisóstomo Teixeira do Livramento e Matilde Adelina da Câmara Leme, C.R.C. Santana, 1926-09-11, Livro 1225, ff.45-45v., ARM online (consultado a 17 de novembro de 2017).
Fonte 5: Registo de Casamento de Américo da Câmara Leme e Maria Ângela Teixeira, C.R.C. Santana, 1920-05-26, Livro 1218, ff.43-43v., ARM online (consultado a 17 de novembro de 2017).