Museu
Testemunhos longevos de um notável movimento filarmónico, da devoção artística e auspiciosa prática musical de amadores, as Bandas Filarmónicas constituem um premente legado na cultura musical madeirense. Herdeiras da atividade musical e da funções “simbólica” e “recreativa” de efetivos de “música alta”, dos ternos de charamelas e percussão que há pelos menos três séculos animavam as festividades cívicas e religiosas, e das bandas regimentares sediadas e destacadas para a região na centúria oitocentista, as bandas filarmónicas de cariz comunitário e corporativo madeirenses formalmente se constituíram desde meados daquele século, tendo várias delas mantido uma contínua atividade musical e desempenhado um seminal, gratuito e profícuo contributo para a formação artística dos seus executantes e associados.
Naquelas seculares instituições musicais, pelo labor dos seus maestros, professores, diretores, executantes e associados e simpatizantes, se iniciaram muitos dos consagrados músicos regionais, tantos outros que enveredaram por uma carreira como intérprete ou pedagogo naquele domínio artístico e os mais competentes amadores de música, que, ano após ano, garantem ainda o aparato das cerimónias cívicas e o recreio da sociedade madeirense.